terça-feira, 24 de abril de 2012

Somos jovens, com problemas de adultos

Não entendo as pessoas. A cada dia que passa entendo menos as pessoas. Começo a querer deixar de enteder. Não me importo tanto como antes. Ajudo, no que posso, aqueles que considero amigos. Às vezes esqueço-me de mim. Preocupo-me de mais com eles. No fim, de pouco ou nada vale. Não que ache que tenha perdido o meu tempo. Não porque considere que não precisem do meu apoio. Mas pessoas burras não tolero. É sempre a mesma coisa. Falo, tento perceber tudo, dou ou não razão a este ou àquele. Não dou só palmadinhas nas costas. Digo o que acho. Chamo à razão. 
 
No fim de contas, lá estarei na mesma. Mas começo a preocupar-me menos. Em determinados assuntos, só lá chegamos sozinhos, depois de bater com a cabeça na parede umas quantas vezes. Já gastei o meu latim com certas pessoas... mas continuarei a ser o mesmo de sempre. Daqueles de quem gosto,verdadeiramente, não desisto. 


 
"So if by the time the bar closes
And you feel like falling down
I'll carry you home tonight"
 
We are Young - Fun ft.Janelle Monáe

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O dilema do costume


Já começa. Todos os anos é a mesma coisa. E este não escapa à regra. A toda a hora saem confirmações de artistas para os festivais de verão, no nosso pequeno Portugal. Gosto sempre de um aqui, outro ali. E no fim, com toda a indecisão por escolher um festival, fico com o cu em casa. Já lá vai o longínquo ano de 2008 em que, sem olhar a cartazes, fui, com mais uns quantos amigos, até à Zambujeira do Mar. Se calhar é isso que tenho de voltar a fazer... não olhar a cartazes e ir só pelo espírito da coisa. 

Ben Harper e Eddie Vedder no SW, Lana del Rey no SBSR, Florence and the Machine e Mumford and Sons no Optimus Alive...

Não vai ser fácil... Só seria se tivesse uma conta bancária bem recheada! Vai sonhando...

domingo, 25 de março de 2012

Por mais que me apeteça, não vou parar

Tanto tempo sem aqui vir... é verdade. O tempo não chega para tudo. Não estica. Por mais que queira, os dias só têm 24 horas. Trabalho, faculdade. É isso. Não tenho espaço para mais nada. Fiz anos, jantei com os pais e os tios, tudo super normal, super calmo. Café a correr com amigos, mais um bocadinho com outros. E passou. Passou a correr. Chegou logo a hora de voltar para a serra. E com mais ou menos vontade, mais ou menos paciência, voltar ao trabalho (em todos os sentidos). 

E como desinspirado é o meu nome do meio, não sei mais que relatar hoje. Até porque já é tarde e amanhã começa tudo de novo... a tal rotina, que me deixa de rastos, ainda antes da semana começar! 

Mas "enquanto houver estrada para andar","enquanto houver ventos e mar", eu não vou parar... 


 

(Jorge Palma - A gente vai continuar)

sábado, 17 de março de 2012

Eterna saudade

Ontem, hoje... Lembro-me de ti todos os dias. E a cada dia que passa a saudade é maior. A dor vai ficando pelo caminho. Aprendi a viver com a tua ausência. Fui obrigado a aprender a viver sem ti. 
Resta a saudade. Ficam as recordações, os pequenos grandes gestos que sempre me fizeram olhar para ti como uma mãe. Efectivamente foste minha mãe, uma segunda mãe. Deste tudo o que tinhas e o que não tinhas por ser a melhor mãe, a melhor avó. Sei que, onde quer que estejas, estás a olhar por mim. 

Não sei porquê hoje, mas sinto hoje, especialmente, a tua falta. 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Sem tempo

Sim, sem tempo para nada
Sim, sem tempo para o que quer que seja
Sim, só tenho tempo para ver trabalho e faculdade à frente
Sim, ando cansado de não ter tempo para nada

Só precisava de um bocadinho de "todo o tempo do mundo"


quinta-feira, 8 de março de 2012

Cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
(Álvaro de Campos) 
  
Sim, hoje em mim não há mais nada a não ser cansaço. 
Cansaço físico. Cansaço psicológico. Cansaço de todas e possíveis maneiras.
Talvez amanhã seja um dia melhor...
 
Para fazer esquecer o cansaço: http://www.youtube.com/watch?v=SWlQtbq-vkM

segunda-feira, 5 de março de 2012

Do melhor que se faz no nosso país


Tema de David Santos, ou melhor, de Noiserv. Este "Palco do Tempo" faz parte da banda sonora do documentário "José e Pilar", de Miguel Gonçalves Mendes, que retrata a vida de José Saramago. Na minha opinião é do melhor que se tem feito, por terras lusas, em termos musicais. Noiserv, com este tema, junta, facilmente, simplicidade e genialidade.

domingo, 4 de março de 2012

O segredo

"O segredo é ser-se simples, ter força interior. Para mudar, não este mundo, mas o que gira ao redor"

sexta-feira, 2 de março de 2012

Odeio-te

És só o meu pior inimigo. Principalmente agora que tive de voltar à rotina. E tocas bem cedo, todas as manhãs. Mesmo que te peça só mais cinco minutos, fazes o favor de continuar a tocar com aquele som tão estridente, que parece capaz de acordar meio mundo. 

Tem dias que só tenho vontade de te atirar contra uma parede. Estragas sempre os melhores sonhos... aqueles em que viajo por lugares nunca alcançáveis ou em que tenho a oportunidade de fazer alguma coisa que só em sonhos parece possível. Nem sonhar me deixas, quando sonhar nem paga imposto. Pelo menos, até ver. Odeio-te. E tenho dito! 

quinta-feira, 1 de março de 2012

O degredo "Sex...ual"

Aqui há uns tempos mostraram-me isto. Um programa chamado "Sex...ual", a ser transmitido num canal por cabo (no RegiõesTV, para ser mais preciso). O programa, de carácter sexual, como se percebe facilmente através do nome do mesmo, é apresentado e conduzido por uma simpática senhora: a Tia Branca. 

A Tia Branca esclarece as mais diversas dúvidas sexuais, sem o mínimo de pudores, tratando tudo pelo nome, enquanto pedala. Sem rodeios. Sem rodeios nenhuns, mesmo...

Iria mentir se dissesse que não soltei uma gargalhada ou outra com as respostas da senhora, mas não consigo deixar de considerar o programa (se é que assim se pode chamar a isto), no mínimo, degradante. Efectivamente as coisas podem ser chamadas pelos nomes, mas fazer uso de tanta brejeirice, num programa de televisão, roça, no mínimo, o rídiculo. Digo eu.

A registar: "cu que não fala é cu sem opinião"!


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ao teu jeito

Como queiras. Sempre foi assim e provavelmente sempre assim será. Habituei-me a isso. A que tudo fosse ao teu jeito... da forma que tu queres. Não espero que mudes, que alteres o que és enquanto pessoa. És assim e eu aceito-te tal como és. Em troca, não te peço mais que isso mesmo: que me aceites como sou, quem eu sou. Com defeitos, com virtudes. Só assim, respeitando-nos mutuamente, poderemos ir mais longe. Isto, se quiseres ir mais longe. Tenho as minhas dúvidas.

Só tu sabes se me queres deixar ir...

 

(Florence and the Machine - Never let me go)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Na hora de voltar

O que é bom, ou menos mau, vá, acaba depressa. Quatro dias sem aulas, sem trabalho, sem obrigações, sem horários a cumprir. Um regresso a casa, às origens. Rever amigos, família. Não deu para muito mais que isso. Um café na esplanada aqui, uma conversa de gente adulta, cheia de preocupações, ali. Noitada a ver a entrega dos óscares. E foi isso.
Hoje, eram oito e pouco da noite e lá me fiz à estrada... Aquele trajecto que já fiz vezes sem conta. Noite cerrada, sem ver uma viva alma em uma hora e meia de viagem. A única companhia foi a de Lana Del Rey. Ouvi o álbum de fio a pavio e ainda tive tempo de pôr em modo repeat duas ou três músicas. Entre elas, Born to Die, claro está. 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sensação de Déjà Vu



Até nem presto muita atenção a reality ou talent shows. Mas A Voz de Portugal, da RTP, tem-me colado à televisão aos sábados à noite. A ideia de os jurados/mentores se encontrarem de costas para os candidatos, numa primeira fase de casting, em que apenas os dotes vocais são tidos em conta para que os participantes possam prosseguir no programa, fez-me esquecer as injustiças e os critérios usados pelos sábios júris do semelhante programa da Sic. Sem ofensas, sem humilhar ninguém, sem deixar de lado uma boa voz só porque não tem um "look bacano", A Voz de Portugal reuniu dezenas de grandes vozes portuguesas. Umas totalmente desconhecidas, outras nem tanto. 

Num dos primeiros episódios do programa surge, no ecrã da televisão cá de casa, uma cara nada desconhecida, mas, de algum modo, esquecida ou perdida no tempo. Portador de uma grande voz, já tinha participado, julgo que em 2002 ou 2003, na primeira edição do Ídolos, do qual teria saído com o segundo lugar do pódio. Ricardo Oliveira, da cidade dos fenómenos, voltou a arriscar a sorte no programa do canal de serviço público português. Com um percurso igualmente intocável n'A Voz de Portugal, alcançou hoje a final do programa... mas teve sorte igual. O segundo lugar parece lhe estar destinado... 

Quem não pareceu esconder o seu favoritismo pelo rapaz foi a apresentadora do programa, que ao anunciar o vencedor fez cara feia. Parece-me a mim que a Catarina Furtado deixou o seu sentido de imparcialidade em casa, antes de sair para os estúdios da Valentim de Carvalho, para o último directo.

Tenho pena que ainda não tenha sido desta que o Ricardo tenha ganho um programa deste género. Só espero que alguém tenha a decência de lhe produzir um álbum à sua medida. Não entendo como Rosinhas, Toys, Ágatas e Tonys Carreiras continuam a reinar no panorama musical nacional, enquanto os Ricardos do nosso país continuam a só ter estes 15 minutos de fama... Vamos lá entender isto. 


(Uma das grandes actuações do Ricardo Oliveira, n'A Voz de Portugal)

The first one

É hoje... 
Depois de tanto hesitar, decidi abrir este espaço. Um espaço para desabafos, para críticas, para meros comentários. Para o que me apetecer. Um espaço meu, mas aberto a quem quiser entrar. 
Pelo meio da minha desinspiração habitual, dos estudos e do trabalho, procurarei relatar, criticar, expor, narrar ou descrever aquilo que me rodeia e aquilo que me move. Uma miscelânea de sentimentos, de emoções, de vivências, de acontecimentos.